terça-feira, 29 de junho de 2010

Reflexão das coisas bárbaras

Salve salve, cidadãos.
Já tem um tempo que pretendo fazer um blog, mas nunca dá certo. O nome que eu quero não está disponível, não tenho tempo, não há criatividade... Voilá. Por sugestão de namorado, escolhido um nome; férias de faculdade iniciadas e notícias ofuscadas pela Copa (logo, semi-férias no trabalho também); quanto à criatividade... dá-se um jeito.

‘Barbaridades irrefletidas’ surgiu de uma conversa sobre um livro chamado Gödel Escher Bach: An Eternal Golden Braid. O autor interliga as teorias de um matemático, um pintor e um músico através de espécies de paradoxos e ‘strange loops’ (voltas estranhas). Gödel atribui a sistemas formais da matemática ‘egos’, mas diz que eles não possuem significado. Escher é aquele que pinta imagens desesperadoras, como a da Waterfall, da mão pintando outra mão, dele se olhando numa bola de cristal. E as ‘strange loops’ em Bach estão em suas composições, que diz o autor serem matemáticas.

Os três, de alguma forma, através do tempo, estão interligados por suas teorias, que vêem um pouco além da superfície das ‘coisas’, ou do significado delas. Se há um significado estabelecido para uma coisa, ainda não se conhece a verdade integral acerca dela. O que é o ego, como ele surge de moléculas inanimadas, e como ‘coisas’ abstratas que chamamos de sonhos ou sentimentos ficam retidas dentro de ‘coisas’ concretas que chamamos de corpo? Qual a relação dessas ‘coisas’? E qual seu significado?

Enfim, são viagens como essa que me fazem ver que ainda precisamos pensar muito. As coisas estão lá e a gente não percebe. As coisas existem, mas ninguém reflete sobre elas. As coisas são tantas que passam despercebidas, e a gente esquece de vê-las, observá-las, questioná-las. As coisas são, mas o quê? E por quê?

As coisas são o assunto desse blog.

Talvez eu devesse mudar seu nome para ‘As coisas’.